CONHEÇA EM DETALHES OS COMPONENTES DE UM ALARME DE INCÊNDIO
A central de alarme de incêndio é considerada o "cérebro" do alarme, que é composto por diversos elementos. É na central em que tudo acontece, todos os outros componentes estão ligados nela. No entanto, antes de falarmos sobre essa parte essencial do alarme, se faz importante compreender do que se trata um alarme e sua importância em situações de emergência.
Os incêndios, além de se tratarem de situações que colocam em risco a segurança e a saúde das pessoas, costumam causar prejuízos e complicações nos patrimônios e meio ambiente. Entre as adversidades que a situação de emergência pode criar estão:
- Diminuição e até mesmo a eliminação de determinadas plantas e animais,
- Complicações de saúde como problemas respiratórios,
- Redução da umidade relativa do ar,
- Destruição de edificações e patrimônios em geral,
- Poluição do ar,
- Elevação de temperatura, entre muitas outras.
Existem materiais que, quando entram em combustão, podem espalhar-se de forma extremamente rápida, o que faz com que o incêndio tome proporções muito maiores em período de tempo menor do que o normal. Esse tipo de situação se torna mais difícil de ser controlada. Por isso, muito se diz acerca da prevenção dos incêndios: trata-se da forma mais eficiente de evitá-los.
IMPORTÂNCIA
O sistema de alarme e seus diversos componentes em trabalho harmônico colabora para que focos de incêndios sejam detectados e para alertar os indivíduos que estão presentes no ambiente. Como toda edificação, independente de ser comercial, industrial ou residencial está sujeita a ser ocorrência de situações inesperadas e que podem ser adversas como roubos, incêndios e outros tipos, a existência de um alarme de incêndio pode ser essencial para evitar perdas ou complicações maiores.
Ter um alarme com uma boa central de alarme de incêndio, colabora para que a segurança das pessoas que moram, trabalham, visitam ou realizar algum outro tipo de atividade no local esteja garantida, bem como sua saúde. Como existem formas diversas para que um incêndio seja iniciado, como por exemplo um curto circuito em um fio ou uma descarga elétrica, a central de alarme tem capacidade de alertar os indivíduos ali presentes para que os danos que possam vir a ser causados sejam reduzidos ou para evitar que a situação tome maiores e indesejadas dimensões.
COMPONENTES DO ALARME
A central de alarme de incêndio não é o único componente do sistema. Além da central, um sistema de detecção e alarme de incêndio é composto por detectores de fumaça e temperatura, acionadores manuais e avisadores visuais e sonoros.
Os sinais que a central recebe tem capacidade de detectar o fogo no estágio inicial, o que faz com que seja possível evacuar as pessoas presentes no lugar com mais agilidade, rapidez e segurança, além de evitar grandes perdas de patrimônio e o mais importante, que vidas sejam colocadas em risco.
Os componentes que fazem parte do sistema de detecção e alarme de incêndio possuem funções específicas que referem-se à detecção do incêndio, com os detectores e os acionadores manuais, processar o sinal e realizar o aviso, por meio da central de alarme de incêndio, para que a sinalizações sonoras e visuais possam informar as pessoas sobre a emergência que está ocorrendo.
CENTRAL DE ALARME DE INCÊNDIO
A central de alarme de incêndio controla e comanda todos os outros componentes do sistema de alarme. É ela quem processa os sinais que foram enviados pelos outros elementos. Em seu painel, informações como o nível de energia e como está a situação de alimentação e comunicação dos componentes são sinalizadas.
Se, por algum motivo, os detectores de fumaça e de temperatura identificam situações que envolvam algum tipo de risco e que, portanto, deva ser alarmada, a central de alarme de incêndio realiza o acionamento dos sinalizadores.
Entre as funções da central de alarme de incêndio também está a análise e a verificação da existência de falhas que possam desregular o bom funcionamento do sistema em geral.
A central de alarme de incêndio, caso exista necessidade, pode ser ligada diretamente com a central de Corpo de Bombeiros mais próxima do prédio em questão. Essa decisão é importante e extremamente útil pois, caso ocorra um incêndio ou outra situação de emergência, o Corpo de Bombeiros, órgão responsável por combater incêndios, é sinalizado automaticamente, podendo realizar o atendimento com mais agilidade e eficiência no local.
A ligação entre a central de alarme de incêndio com a central do Corpo de Bombeiros mais próximo do município ou região em que a edificação está trata-se de uma decisão que deve ser analisada e resolvida pelo profissional que está por trás do projeto do prédio e pela parte de coordenação do Corpo de Bombeiros.
A instalação da central de alarme de incêndio é indicada para ser realizada próximo dos lugares em que existem, constantemente, vigilantes ou pessoas para acompanhar seu funcionamento, como em portarias e guaritas de entradas de prédios, sejam eles industriais, comerciais ou residenciais, e centrais de seguranças.
Detectores de fumaça e de temperatura
Estes são elementos de extrema importância no sistema pois, ao detectarem algum tipo de alteração incomum de temperatura ou indícios de fumaça, eles disparam um alerta para enviar à central de alarme de incêndio uma mensagem indicando a ocorrência. Como se tratam de elementos de precisão, a necessidade de que sejam instalados por profissionais e empresas devidamente qualificados e renomados é imprescindível.
Os detectores devem ser instalados, obrigatoriamente, nos ambientes que possuem ocupações do tipo transitória ou coletiva, como hotéis, pensões e motéis, por exemplo. Áreas que possuem uso comum de várias pessoas também devem possuir este tipo de equipamento, como corredores de edificações e halls de entradas.
A obrigatoriedade dos detectores também se faz necessária nos locais que apresentam alta carga de incêndio, como depósitos, estoques e ambientes que possuem uma grande quantidade de equipamentos eletrônicos e fiações.
E engana-se quem imagina que existe apenas um tipo de detector de fumaça e um detector de temperatura. Existem diversas opções de modelos que possuem capacidade de constatar indícios de incêndios das mais variadas formas. São elas:
Detector de chama: este modelo de detector costuma ser utilizado em ambientes que possuem materiais que, ao entrarem em combustão, geram chamas de forma mais rápida do que o comum, como combustíveis e outros líquidos inflamáveis. Alguns lugares que possuem detectores de chamas são aeroportos e plataformas de petróleo, por exemplo.
Detector pontual de temperatura: trata-se de um detector que consegue perceber e analisar as mudanças de temperaturas que ocorrem no ambiente em que está instalado. Geralmente, sua instalação é indicada para ser realizada em lugares em que existem a possibilidade da parte inicial do incêndio não apresentar muita fumaça, mas, sim, altas chamas, o que faz com que a temperatura aumente de forma rápida e intensa.
Detector pontual de fumaça: este modelo costuma ser um dos mais aplicados. Sua utilização é indicada nos locais em que possuam materiais que possam produzir inicialmente, poucas chamas e uma grande quantidade de fumaça.
Detector por amostragem de ar: trata-se de uma opção extremamente sensível que possui a capacidade de detectar a existência da emissão de gases que provém de situações de combustões. Como consegue analisar os gases, seu diferencial é a detecção do início do incêndio antes mesmo dele poder ser visto a olho nu, o que favorece para que as medidas de segurança necessárias possam ser realizadas de forma mais eficiente e ágil. Este tipo de detector tem o seu funcionamento em rede, ou seja, é formado por pontos que coletam o ar que é direcionado para a amostragem e análise.
Detector linear de temperatura: essa opção é uma das versáteis e econômicas no mercado. O modelo é constituído por cabos chamados "termopar", que têm capacidade de detectar variações e aumentos de temperaturas em todo o seu comprimento. Esses cabos são conectados diretamente na central de alarme de incêndio. A instalação desse tipo de detector costuma ser realizada em edificações de grandes extensões e deve ser feita diretamente em contato com o material em que se deseja proteger.
Acionadores manuais
Apesar dos detectores de fumaça e de temperatura atuarem como verdadeiros "sensores" de situações incomuns relacionadas à indícios de fumaça, emissão de gases e variações de temperaturas, a existência de acionadores manuais também é de extrema importância, visto que esses componentes, por se tratarem de mecanismos automáticos, podem vir a falhar. Os acionadores são disparados pelas pessoas que estão no ambiente em que o incêndio está ocorrendo.
Alguns exemplos de componentes desse tipo são os botões de emergência, geralmente sinalizados por placas indicativas, e o acionador do tipo "quebre o vidro", também sinalizado com placas indicativas. Como o seu acionamento se dá de forma manual, é necessário que sejam instalados em lugares que possuem altos índices de circulação de pessoas, como em corredores, lugares de uso comum e, principalmente, em rotas de fuga e próximo de outros tipos de equipamentos de combate a incêndio, como extintores, por exemplo.
Além disso a instalação deste componente não deve ser realizada com distância maior do que 30 metros do local em que deve proteger. O acionadores manuais devem, preferencialmente, estarem posicionados em altura e local visível, para que toda e qualquer pessoa consiga disparar-los de forma ágil durante a ocorrência de incêndio ou outro tipo de situação de pânico.
Sinalizadores sonoros e visuais
Após os detectores realizarem sua função de detectar alterações na temperatura ou indícios de fumaça e gases relacionados à combustão de materiais ou, dependendo do caso, os acionadores manuais forem acionados, o sinal de ocorrência de incêndio chega até a central de alarme de incêndio. A central, por sua vez, realiza o processamento desses sinais e pode, então, realizar o acionamento dos sinalizadores visuais e sonoros.
Os sinalizadores, ou avisadores, como também são denominados, possuem como principal função comunicar a situação de risco existente no ambiente em que os indivíduos estão.
Com a sinalização devidamente realizada, eles podem, então dar início aos procedimentos de segurança a fim de combater as chamas ou para evacuar de forma rápida e segura o local em questão.
Os avisadores sonoros são extremamente úteis pois o sinal que emitem costuma ter capacidade para atingir uma grande área nos ambientes. No entanto, caso existam deficientes auditivos ou o local em questão faça com que os indivíduos utilizem fones protetores ou protetores auriculares, a existência de sinalizadores visuais se faz necessária.
A instalação desses elementos costuma ser indicada nas áreas comuns das edificações e em lugares em que exista circulação constante de pessoas. Pode-se instalá-los, ainda, nas proximidades de outros equipamentos de combate a incêndio.
TIPOS DE ALARMES
Sistema convencional
Por se tratar de um sistema mais simplificado, seu uso costuma ser mais frequente em edificações de menor porte e com menores quantidades de equipamentos eletrônicos. Este tipo de alarme realiza o monitoramento de uma área que é delimitada conforme o posicionamento geral dos detectores, sejam eles de fumaça ou de temperatura.
A central de alarme de incêndio deste sistema consegue realizar, mediante sinal do detector, o local onde existe o foco de incêndio. No entanto, não apresenta capacidade de identificar o local exato em que está ocorrendo a emergência, ou seja, não detecta qual o componente exato responsável por emitir o sinal.
Por esse motivo que sua utilização não é indicada para ambientes que possuem grandes dimensões, pois o funcionamento mais simplificado pode dificultar que o combate seja realizado de forma mais rápida e pontual. A manutenção deste tipo de sistema é muito importante, pois ele não possui capacidade de detectar automaticamente as falhas relativas aos componentes que o compõe.
Sistema endereçado
Ao contrário do sistema convencional, o sistema endereçado é indicado para proteger locais que possuem maiores dimensões. Seu nome faz referência à tecnologia endereçável, que permite que cada elemento tenha um número que, no sistema, é denominado de "endereço". Dessa forma, cada detector e cada acionador, por exemplo, tem ligação direta e nominal com a central de alarme de incêndio.
Essa ligação direta torna possível a identificação precisa do ponto em que é acionado caso exista um incêndio. A central recebe a notificação e consegue compreender qual o número, ou seja, qual o elemento que realizou o disparo de sinal de emergência. Assim, é possível identificar de forma exata qual o local em que o incê ndio está ocorrendo.